sexta-feira, agosto 4

Eu choro.

Hoje eu chorei, chorei como há tempos eu não chorava, como criança chora. Chorei um choro que estava engasgado, que não saiu antes porque eu tenho essa péssima mania de ser uma mulher forte, aprendi isso desde pequena, sempre achei bonito uma mulher ser forte, venho de uma linhagem de mulheres fortes, não poderia ser diferente.
Mas mesmo as mulheres fortes, entre 4 paredes choram, choram muito deixam sair tudo.
Eu gosto de chorar sozinha, sendo que hoje eu não chorei sozinha, mas ninguém mais viu.
Eu sou dessas que QUASE chora por tudo, choro por algumas besteiras também, mas é um choro diferente do de hoje. O de hoje era aquele choro que fica por trás da muralha, aquele que ninguém imaginaria que eu choraria. Mas eu também tenho os meus dias de fraqueza, ninguém percebe quando eu estou assim, mas eu sei, e nesses dias, quando eu tenho um tempinho para mim, eu choro, e a única coisa que pode me salvar nesses dias é uma mão acariciando a minha cabeça. Eu gosto de carinho na cabeça, bem perto do cérebro, das minhocas.

Nenhum comentário: